Usar azeite para fritar permite aproveitar propriedades nutricionais e ter mais antioxidantes de gorduras boas. O modelo mais recomendado é o extravirgem, mas também existem outras extrações que podem ser usadas. Se bem guardadas, elas duram até 20 frituras
Se você deseja aproveitar mais propriedades nutricionais no uso do óleo para imersão, vale a pena aprender como usar o azeite para fritar. Esse produto mantém seus benefícios de saúde e sabor mesmo em altas temperaturas, tornando-se o candidato ideal para receitas que demandam maior calor e contato do ingrediente.
Além de ter menos acidez e possuir aromas característicos, o azeite também é mais econômico e pode ser reutilizado mais vezes que os óleos convencionais. No entanto, para isso, é importante aprender como reservá-lo e escolher o rótulo certo para cada receita.
Pensando nisso, separamos algumas dicas para te ajudar a encontrar o melhor azeite para fritar, além de recomendações para aproveitar o melhor que esse óleo tem a oferecer. Confira!
Pode usar o azeite para fritar?
Sim! Por conta da sua fabricação menos processada, o óleo que provém das azeitonas apresenta mais vantagens na alimentação, mesmo em altas temperaturas. Além disso, sua formulação também impacta nos nutrientes que o produto apresenta.
É importante ter em mente que escolher um azeite para fritar não torna a refeição menos nociva em termos de gordura e calorias, pois continua sendo um alimento imerso. No entanto, entre as alternativas menos prejudiciais, esse produto é o mais indicado.
Importância de usar azeite
Em termos de saúde, fritar com azeite é mais vantajoso para a sua saúde, por conta dos componentes que ele apresenta.
Com uma produção mais natural, mesmo aquecido, ele influencia positivamente nos níveis de HDL, ou colesterol bom, enquanto reduz a concentração de LDL, ou colesterol ruim. Como consequência, ajuda a diminuir a pressão e os riscos de doenças cardíacas.
Ainda, é uma substituição importante para quem deseja se prevenir de doenças neurológicas ou mesmo emagrecer, visto a quantidade de gordura que existe na fórmula dos óleos vegetais convencionais.
E apesar das frituras não serem a primeira recomendação médica, optar pelo azeite para fritar diminui os impactos negativos e acompanha uma série de vantagens para a saúde e vitalidade.
Sabor
Enquanto isso, pode não parecer, mas é possível perceber as diferenças no sabor do óleo vegetal e do azeite para fritar.
Isso porque a fabricação com azeitonas ocorre majoritariamente da prensa direta, extraindo o líquido sem que ele passe por procedimentos adicionais. Mesmo os itens virgens, e não extravirgens, são benéficos por conta da sua produção.
Enquanto isso, os óleos vegetais precisam enfrentar processos químicos para finalizar sua produção, com a inclusão de gorduras saturadas e outros itens que mantêm sua validade e textura, também atribuindo um gosto mais neutro para o sabor e textura dos alimentos.
Por outro lado, o azeite é composto apenas das azeitonas, com elementos poli-insaturados e grande quantidade de antioxidantes. Esses fatores são perceptíveis no paladar, sendo simples diferenciar a presença do modelo vegetal ou de oliva.
Também vale mencionar que existem diversos tipos de azeite disponíveis, não apenas as receitas tradicionais, mas trufados ou com a possibilidade de infusão com ervas, por exemplo. Isso torna o sabor ainda mais pronunciado no prato, e replicado nas frituras.
Benefícios
Um dos principais benefícios de usar azeite para fritar é contar com uma composição estável, que não atinge seu ‘ponto de fumaça’ rapidamente.
Isso acontece com os óleos vegetais, sendo o momento em que o aquecimento é tão alto que começa a degradar a composição e libera substâncias relativamente tóxicas, comprometendo a saúde.
Com o azeite, embora também exista esse ponto de fumaça, ele ocorre com muito mais tempo no fogo, permitindo frituras por imersão que não incluem substâncias liberadas do óleo de oliva.
Além disso, vale mencionar que o azeite possui menos aldeídos, uma substância nociva presente nas produções vegetais tradicionais. Isso torna o produto mais resistente ao aquecimento, tendo menos riscos reais quanto à contaminação da comida.
Usar azeite para fritar permite aproveitar todas as vitaminas e componentes saudáveis dessa fórmula, especialmente os antioxidantes e composto E, que agem em ações inflamatórias. Por ter uma fórmula mais leve, é possível consumir alimentos imersos sem a sensação de estufamento ou desconforto que acompanham maiores quantidades de fritura.
Qual o azeite certo para frituras?
Se você procura o melhor azeite para fritar e não conhece muito bem suas características, vale apostar no extravirgem, que pode ser usado para todos os tipos de preparo.
É comum optar por essa categoria para marinados ou assados, mas ele também combina com imersões. Caso não saiba qual escolher, aposte na fórmula mais limpa e com menos processos.
No entanto, se deseja ter mais conhecimento sobre azeites e confiança no melhor produto, entenda mais sobre cada fabricação e qual a diferença no momento de cozinhar!
Azeite extravirgem
A principal diferença entre os tipos de azeite para fritar é o método de extração e processo de refinamento que eles enfrentam. Com o azeite extravirgem, a prensagem mecânica ocorre a frio, sem nenhum tratamento químico ou térmico.
Além disso, os produtos separados provêm do primeiro tratamento de cada colheita de azeitonas, quando elas continuam frescas. Por conta disso, o modelo preserva a maioria das propriedades nutricionais e antioxidantes da azeitona, além de ter um sabor mais intenso e aromático.
Sua margem de acidez costuma ser de até 0,8%, o que também o torna ideal para frituras. No entanto, o processo de extração torna seu fio mais espesso, e algumas pessoas podem estranhar essa composição nas receitas por imersão.
Azeite virgem
O azeite virgem também é extraído por prensagem mecânica, mas provém das azeitonas que já passaram pela operação uma vez. Além disso, seu teor de acidez pode chegar até 2%. Também é possível existirem processos químicos no momento da obtenção do óleo de oliva, como aquecimento das máquinas ou uso de térmicos.
Isso não prejudica a qualidade do produto, mas o torna menos concentrado que o modelo extravirgem, por exemplo. Ainda, seu fio pode ser mais suave, se aproximando da composição vegetal em termos de aquecimento e espessura.
Azeite refinado
Outra possibilidade de azeite para fritar é o refinado, que, como o nome sugere, passa por mais processos químicos antes de ser embalado. Isso acontece para controlar a acidez presente na fórmula, eliminando grande parte da sua margem.
Atualmente, esse óleo de azeitonas possui acidez máxima de 0,3%, mas, com isso, também perde componentes benéficos e propriedades nutricionais.
A inclusão de procedimentos químicos para torná-lo menos espesso interfere também no sabor, sendo mais próximo do produto vegetal, neutro e com menor percepção ao paladar. Por outro lado, a experiência é a mais próxima quanto ao uso dos elementos convencionais na fritura.
Sua fórmula resistente suporta altas temperaturas sem atingir o ponto de fumaça, e dificilmente altera o gosto dos alimentos imersos. No entanto, para quem busca o melhor azeite para fritar em termos de benefícios nutricionais, esse produto não corresponde aos mesmos níveis de excelência.
Azeite composto
Ainda, temos o azeite composto, que traz uma fórmula com mais de um elemento, e não apenas a extração das azeitonas. Geralmente, inclui óleos de girassol ou soja também.
Como o nome sugere, essa mistura torna o produto mais acessível em termos de preço e também utilização cotidiana, inclusive para fritura. A presença de outros elementos naturais ajuda na espessura e resistência ao aquecimento.
A produção compromete os benefícios provenientes exclusivamente do azeite de oliva, e as propriedades nutricionais são menores, fazendo com que essa seja uma alternativa para quem procura conhecer a fabricação com azeitonas e entender as mudanças de sabor. Mas ainda não está pronto para transicionar para o virgem ou extravirgem.
Quais as diferenças entre o azeite refinado e o azeite extra virgem para fritura?
As principais diferenças do azeite refinado ou extravirgem para fritar são o sabor e a resistência a altas temperaturas, onde as características do óleo de oliva de maior qualidade o tornam mais benéfico para a saúde, além de trazerem mais componentes antioxidantes e maior espessura no seu fio.
Por outro lado, traz também um comportamento diferente de outras extrações mais químicas, como acontece com o azeite refinado. E embora seja estável, o modelo extravirgem atinge seu ponto de fumaça mais rapidamente, comprometendo ou mesmo queimando o ingrediente.
Já a fórmula refinada, por passar pelos procedimentos químicos, é geralmente utilizada em frituras de imersão. Ele possui menos cor, aroma e sabor, mantendo parte da neutralidade em relação ao alimento.
Por esse motivo, para quem necessita de um alto ponto de calor no óleo, ou planeja receitas mais demoradas, o uso do azeite refinado é recomendado, com parte das propriedades nutricionais e maior resistência. No entanto, sua qualidade não se compara com o extravirgem.
Como aquecer o azeite corretamente?
Antes de usar o azeite para fritar é fundamental saber como alcançar a temperatura ideal do ponto de fumaça, que varia entre 190°C a 220°C.
Esse é o limite para o óleo começar a queimar e soltar substâncias prejudiciais para o consumo e até mesmo exposição humana. Na prática, é possível ver os componentes se desprendendo da panela quando estiver muito quente.
Por outro lado, um benefício do azeite para fritar é que sua margem de atenção é maior do que o ponto ideal de preparo dos alimentos, que se mantém entre 160°C e 180°C. Isso significa que a temperatura máxima para obter a fritura perfeita é menor que o ponto de fumaça do óleo de oliva.
Dessa forma, é possível cozinhar com mais tranquilidade, sabendo que o ponto ideal para a maioria dos ingredientes está na faixa de segurança.
Além disso, o azeite é resistente à oxidação térmica, uma reação química que ocorre quando um óleo é exposto ao calor, ao oxigênio e à luz. Com menor chance de inflamação, existe menos contato humano com compostos prejudiciais.
Com essas informações em mente, é mais fácil obter a melhor fritura possível. Uma dica é esperar o aquecimento completo do óleo antes de inserir o ingrediente. Dessa forma, o primeiro contato já começará o procedimento, em vez de aquecer o interior do alimento enquanto ferve.
Ainda, caso use o azeite para fritar uma grande quantidade de comida de uma vez, aguarde o reaquecimento da panela. É comum que as etapas comprometam a temperatura total, e incluir outras levas sem esperar pelo calor ideal não trará a crocância desejada.
Como saber a temperatura do azeite?
Existem algumas dicas que ajudam a medir a temperatura do azeite para fritar. A mais comum, e simples, é contar com um termômetro culinário. Basta inserir o item no óleo e verificar se ele está na faixa de 160°C a 180°C, a mais segura para esse tipo de cozimento.
No entanto, para quem não possui esse instrumento, vale usar outras dicas, como incluir um pedaço de pão dormido ou um fósforo.
Se o alimento dourar em até 40 segundos, ou se o palito acender uma pequena chama, significa que está na temperatura certa. Caso demore muito ou não acontecer nada, a panela ainda deve estar muito fria. Em contrapartida, se queimar rapidamente ou soltar muita fumaça, será um sinal de que o azeite está quente demais.
Como reutilizar o azeite para fritar?
Não apenas é possível usar o azeite para fritar mais de uma vez em momentos diferentes, como ele também tem uma durabilidade maior que o óleo vegetal.
É comum que as pessoas reutilizem a mesma panela ou quantidade para economizar no produto. Isso não prejudica a qualidade ou os benefícios nutricionais, mas é importante estar atento para algumas dicas e cuidados:
- Ao terminar de usar, aguarde o resfriamento completo, por segurança;
- Em seguida, filtre o azeite para eliminar partículas de alimentos que podem acelerar sua deterioração;
- Então, armazene o óleo de oliva em um recipiente limpo, seco e escuro, longe da luz, do calor e do oxigênio, elementos que contribuem para o prejuízo dos seus componentes.
Ainda, outra dica é verificar se a cor e o sabor permanecem o mesmo da última vez. Caso contrário, evite a reutilização, pois o óleo pode ter envelhecido e perdido suas propriedades.
Em termos de economia, é possível usar o azeite para fritar até 20 vezes sem deteriorar ou queimar. Claro, esse número dependerá dos tipos de alimento e cuidados.
E para garantir todas as propriedades do azeite na sua receita de fritura, é importante ter um produto de qualidade. Conheça o catálogo da Banca do Ramon e encontre os melhores óleos.