A tonalidade do vinho depende dos tipos de uva usados, da maceração e do envelhecimento da bebida. Entenda mais sobre a cor do vinho e como isso interfere na degustação e harmonização.
Você sabia que a cor do vinho traz informações sobre a idade, o corpo, a viscosidade e até os tipos de uva com a qual foi produzida? Esse é um elemento importante e precisa ser analisado antes da degustação. Isso porque cada tonalidade traz nuances e detalhes diferentes, que impactam o aroma e o sabor da bebida.
Além disso, é comum fazermos associações entre a cor e o gosto. Por isso, há impacto na sua expectativa enquanto consumidor. Nesse sentido, entender mais sobre a tonalidade do vinho também ajuda na harmonização com ele.
Então, como aprimorar a degustação de vinhos a partir desse conhecimento? Entenda mais sobre a cor da bebida, o que ela indica e como avaliar. Continue lendo!
Qual é a cor do vinho?
A cor do vinho pode ser avermelhada (do pálido ao profundo), rosada ou mais clara, em tons de amarelado. Tudo depende dos tipos de uva utilizados na sua fabricação, o tempo de maceração das cascas e o período de envelhecimento no barril. Portanto, a classificação varia conforme as frutas ou processo de elaboração da bebida.
Nesse caso, os vinhos tintos são feitos com uvas escuras, em que a casca é mantida durante o processo de preparação da bebida. Por isso, o resultado pode abranger de vermelho intenso, semelhante ao rubi, a mais claro, com nuances de cereja.
Os vinhos rosé são fabricados a partir da mistura da bebida tinta e branca. Também podem ser feitos no contato do mosto com as cascas da uva. A cor fica entre o rosado e o alaranjado, passando também pela tonalidade da cereja.
Já os vinhos brancos são elaborados com uvas brancas ou tintas após a retirada da casca. Enquanto isso, os frisantes, espumantes e outros tipos têm sua tonalidade conforme o processo pelo qual passam e a uva usada.
O que determina a cor do vinho?
O que determina a cor do vinho é o tipo de uva, o período de envelhecimento no barril e o tempo que as cascas ficaram sendo maceradas. Na pele, estão os chamados polifenóis, substâncias com propriedades antioxidantes e que agregam tonalidade à bebida. Portanto, quanto maior for o contato com o mosto a fermentar, mais forte será a coloração.
Assim, é o prazo de maceração que leva à absorção das substâncias presentes na casca da uva. O pH da bebida também influencia, sendo que a maior acidez faz a tonalidade rubi ficar mais evidente. Logo, a cor do vinho sofre impacto de diferentes fatores.
O que são as mudanças na cor do vinho ao longo do tempo?
As mudanças na cor do vinho ao longo do tempo podem indicar várias situações. Entre elas estão o mau armazenamento da bebida, a exposição da garrafa a altas temperaturas e o próprio envelhecimento. Portanto, a alteração também pode ser derivada de um processo natural devido à composição química da bebida.
Nesse sentido, a tonalidade dos vinhos pode mostrar como eles evoluíram com o passar do tempo. Isso também explica as diferenças de sabores e aromas conforme a bebida envelhece.
Qual é a cor do vinho tinto?
A cor do vinho tinto é roxa e avermelhada, podendo ser bem intensa, na tonalidade rubi, ou mais pálida, estilo vermelho tijolo. O resultado depende da maceração do mosto com as grainhas e películas. Esse processo dura de 6 a 10 dias e, quando mais longo for o prazo, mais taninos são extraídos.
Nesse contexto, a cor do vinho tinto pode ser classificada da seguinte forma:
- Púrpura: é uma bebida mais jovem e com mais dureza;
- Rubi: oferece equilíbrio entre maciez e dureza;
- Granada: é um vinho maduro, com a maciez um pouco mais evidente. Esse é o ponto ótimo da maturação;
- Alaranjado: passou por longo envelhecimento e muita maciez.
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Perceba que, quanto mais maduro for o vinho, mais ele perde a cor, o que é natural. Além disso, é preciso cuidar com o tom alaranjado, que sinaliza alta oxidação da bebida, ficando inviável para consumo.
Confira, agora, os tipos de vinhos mais populares e suas colorações:
- Pinot Noir: vermelho mais claro;
- Cabernet Sauvignon: tonalidade rubi intensa;
- Tempranillo: alaranjado;
- Shiraz: arroxeado nos reflexos por terem várias nuances.
Qual é a cor do vinho branco?
A cor do vinho branco é amarelada, que pode ter alta intensidade ou ser mais suave. Normalmente, vai do palha ao dourado intenso e essa tonalidade é definida por 3 fatores: casta da uva, tempo de fermentação e tempo de envelhecimento em barril.
O processo de fabricação exige que as partes sólidas do cacho da uva sejam separadas do mosto imediatamente. O objetivo é evitar que insiram taninos nesse momento. Esse processo pode ser feito posteriormente, durante o envelhecimento nas barricas ou adicionados. Mesmo assim, a quantidade é baixa.
Considerando esse contexto, as cores dos vinhos brancos podem:
- Amarelo-esverdeado: indica um jovem leve e jovem, feito a partir de uma vindima antecipada, ácido e cítrico;
- Amarelo-palha: é macio e jovem, mas produzido a partir de uvas maduras. Costuma ser o caso do Sauvignon Blanc;
- Amarelo dourado: é muito maduro e pode ter sido conservado ou macerado em barricas de madeira. Geralmente, o Chardonnay se enquadra nessa classe;
- Amarelo âmbar: não tem acidez e é licoroso, sendo mais adocicado.
Vale a pena destacar que a intensidade da cor sinaliza uma bebida mais antiga ou envelhecida em barris de carvalho. Por isso, entender essa questão da coloração é importante para fazer uma boa harmonização de vinhos.
Qual é a cor do vinho rosé?
A cor do vinho rosé é rosada, podendo variar de uma tonalidade mais intensa (arroxeada) a outra mais clara (alaranjada), conforme a uva e o método de fabricação. Isso acontece pelo período de maceração mais curto, entre 2 horas e 2 dias.
Geralmente, a coloração do vinho rosé varia da seguinte forma:
- Rosa tênue: tem uma maceração bem curta;
- Rosa cereja: é o mais comum;
- Rosa Clarete: é uma tonalidade mais intensa.
Os vinhos rosé costumam ser leves, frescos e terem uma acidez acentuada.
Como avaliar a cor do vinho durante a degustação?
Para avaliar a cor do vinho durante a degustação, faça as análises visual, olfativa e gustativa. Uma forma de observar adequadamente é inclinar a taça a 45° e verificar quanto a tonalidade se estende da base à auréola. Outra dica é deixar a taça em pé, colocar os dedos embaixo do bojo e ver se fica translúcido. Nesse caso, é pouco intenso.
Lembre-se de fazer a análise visual em um ambiente iluminado e claro. Além disso, existe o método Systematic Approach to Tasting, que consiste na aparência, aroma e sabor. É, basicamente, o mesmo processo, porém estruturado para os enólogos.
De toda forma, a degustação de vinhos sempre deve ser feita com base nesses 3 aspectos, a fim de que você possa aproveitar ao máximo essa experiência. Qualquer que seja a sua escolha, vale a pena comprar a sua bebida em um site confiável.
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Além disso, você poderá ver a cor do vinho e outros detalhes da bebida na descrição. Assim, poderá escolher exatamente o que deseja, de acordo com suas preferências.
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