A pesca do bacalhau na Noruega é uma prática tradicional e que existe há centenas de anos. Atualmente, modernizou-se e várias indústrias trabalham na produção do pescado. Conheça os métodos aplicados pelo país, que é o maior produtor mundial dos peixes enquadrados sob essa denominação.
Quando se pensa na pesca do bacalhau na Noruega, é possível voltar até a época dos vikings. Apesar da tradição, ainda seguida em alguns lugares, o país só pôde se tornar o maior produtor e exportador desse pescado com a modernização.
Além disso, o Gadus morhua, considerado o verdadeiro bacalhau, está presente apenas em águas geladas do Oceano Atlântico, com a maior parte de sua população na costa norueguesa. Como o Brasil é o segundo maior importador mundial (atrás somente de Portugal), vale a pena saber como funciona todo o processo de pesca e salga.
Neste post, vamos apresentar os detalhes sobre esse assunto e mostrar a importância do bacalhau na gastronomia mundial. Quer saber mais? Confira!
História da pesca do bacalhau na Noruega
Por ser um país litorâneo, a história da pesca do bacalhau na Noruega existe desde os primeiros seres humanos que chegaram ao território. No entanto, foram os vikings que criaram as técnicas de secagem entre 793 e 1.066. Dessa forma, foi possível levar o pescado nas viagens feitas por esses povos.
Chamado de clipfish, em inglês, a pesca do bacalhau da Noruega, o Gadus morhua, começou nas formações rochosas comuns no país, denominadas clip — daí o nome do peixe. Nessas pedras, a carne do pescado era espalmada e seca para durar mais tempo.
Nessa época, os vikings começaram a levar esse alimento nos navios, mas sua fama mundial surgiu com a chegada dos portugueses e espanhóis ao norte europeu. Muito católicos, esses povos começaram a consumir essa carne no período da Quaresma, já que a tradição é se abster do consumo derivado de “sangue quente”.
Temporada e principais regiões de pesca do bacalhau na Noruega
A temporada de pesca do bacalhau na Noruega vai de janeiro a abril, pelo menos no que se refere ao Gadus morhua. Outros meses são o período de defeso. Já os pescados de outros gêneros, como o Saithe, Zarbo e Ling têm a pesca liberada o ano todo.
No entanto, esses outros pescados são “tipo bacalhau”, são menores e chegam desfiados ou em lascas, geralmente. Por esse motivo, costuma-se utilizar para a receita de bolinhos fritos e apresentam um valor mais baixo.
De toda forma, as principais regiões de pesca do bacalhau na Noruega são as Ilhas Lofoten e Alesund. O primeiro arquipélago se localiza no círculo ártico setentrional do país. Já o segundo está na região oeste do interior dos Fiordes.
O porto de Myre é um dos principais receptores do pescado e fica ao norte do país, mas fora dessas ilhas. Portanto, esses três locais são responsáveis por boa parte da produção de bacalhau no mundo.
Vale a pena explicar que uma parte do peixe salgado que chega ao Brasil vem de Portugal. A razão é o fato de o país lusitano comprar bacalhau da Noruega, dessalgar e salgar novamente. Esse processo faz com que haja certa perda de qualidade, já que a carne retém maior quantidade de água.
Técnicas e métodos de pesca do bacalhau na Noruega
As técnicas e métodos de pesca do bacalhau na Noruega remontam às tradições centenárias. A principal metodologia utilizada é o arrasto de fundo, no qual as cordas passam pela areia no fundo do mar e assustam os peixes. Assim, o pescado se concentra no meio e há o fechamento da rede em forma de funil.
Os barcos são grandes e têm condições de limpar e congelar o peixe rapidamente para a conservação da carne. Em seguida, os peixes seguem para as indústrias de salga, no qual ficam duas semanas em salmoura.
A próxima etapa é a lavagem e a nova salga, com seguimento na estufa de secagem. Dentro desse ambiente, o vento fica constante a 22ºC e a duração do processo varia de dois a três dias. Então, retiram-se e descasam-se os pescados. Depois, permanecem no local por mais 24 horas para terminar a secagem.
Dessa forma, o peixe está pronto para a exportação. Por mais que pareça algo simples, todas as fases podem demorar até um ano. Esse é um dos motivos para o bacalhau ser caro.
O bacalhau na gastronomia mundial
Na gastronomia mundial, o bacalhau é um pescado muito apreciado e utilizado em vários pratos. Os maiores consumidores são Portugal e Brasil, locais em que esse pescado é tradicional, especialmente em datas comemorativas.
Já a Noruega é o maior produtor e exportador do pescado no mundo. Por lá, o consumo ocorre com o pescado ainda fresco, na maioria das vezes. Somente em 2023, o Brasil importou mais de 19 mil toneladas do país nórdico.
O governo norueguês regulamenta todo o processo de pesca do bacalhau na Noruega. O peixe recém-pescado passa por um leilão online intermediado pelas entidades do país, que também definem o que caracteriza o peixe.
Além disso, as indústrias norueguesas aproveitam tudo do animal. A cabeça é seca e encaminhada para países africanos, que costumam fazer sopa com essa parte. O principal importador da iguaria é a Nigéria.
Já a língua é bastante apreciada e quem retira essa parte são crianças. Por lá, a atividade é permitida pelo governo e o pagamento é feito diretamente para os pequenos trabalhadores e o dinheiro não pode ficar com a família.
Por sua vez, as vísceras e as espinhas seguem para a biomedicina e a indústria de cosméticos. Portanto, todas as partes do pescado têm alguma serventia.
Leia também: Qual é a quantidade de bacalhau ideal para comprar por pessoa?
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Como você viu, existe todo um processo para deixar o bacalhau pronto para exportação e a maior parte vem da Noruega. O Gadus morhua é o verdadeiro pescado e é o mais saboroso e apreciado.
No entanto, várias situações podem interferir na produção do peixe. Por esse motivo, é fundamental comprar em um local confiável.
Na Banca do Ramon, você encontra várias opções de bacalhau, como o bombom, o lombo, em azeite com alho, em formato de bolinhos, desfiado e mais. Também há vários vinhos para harmonizar com o pescado, além de outros ingredientes para as receitas.
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